VALENTE, José Armando; ALMEIDA,
Fernando José de Almeida. Visão analítica da informática na educação no Brasil:
a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática na
Educação n.1, setembro de 1997. p. 45-60.
Resumo
O artigo se trata basicamente sobre
a História da Informática na Educação, no Brasil a informática na educação
ainda enfrentam alguns problemas por falta de verba, professores despreparados
o que faz com que o sistema educacional não o aprove.
O uso da informática na Educação nos
Estados Unidos e na França teve uma influência bastante relevante para que o
Brasil pudesse trazer para as escolas, a de promover a alfabetização em
informática (Estados Unidos) ou desenvolver a capacidade lógica e preparar o
aluno para trabalhar na empresa (França).
No decorrer do texto, mostra o
desenvolvimento da Informática na Educação dos Estados Unidos e na França e
algumas discussões sobre o Programa Brasileiro de Informática na Educação.
Citações
principais do texto
“A
Informática na Educação no Brasil nasce a partir do interesse de educadores de
algumas universidades brasileiras motivados pelo que já vinha acontecendo em
outros países como nos Estados Unidos da América e na França.” (1°
Parágrafo; A influência
de outros países no desenvolvimento da informática na educação brasileira).
“Mesmo nos países como Estados Unidos e França,
locais onde houve uma grande proliferação de computadores nas escolas e um
grande avanço tecnológico, as mudanças são quase inexistentes do ponto de vista
pedagógico.” (2° Parágrafo; A influência de outros países no
desenvolvimento da informática na educação brasileira).
“As
mudanças pedagógicas são sempre apresentadas ao nível do desejo, daquilo que se
espera como fruto da informática na educação.”
(2° Parágrafo; A influência
de outros países no desenvolvimento da informática na educação brasileira).
“Nos Estados Unidos, o uso de computadores na educação é
completamente descentralizado e independente das decisões governamentais. O uso
do computador nas escolas é pressionado pelo desenvolvimento tecnológico e pela
competição estabelecida pelo livre mercado das empresas que produzem software,
das universidades e das escolas.” (1° Parágrafo; Informática na educação nos Estados Unidos da América).
”Na questão da Informática na Educação, a França foi o primeiro país
ocidental que programou-se como nação para enfrentar e vencer o desafio da
informática na educação e servir de modelo para o mundo. A perda da hegemonia
cultural (e consequentemente da hegemonia econômica) para os Estados Unidos e o
ingresso da França no Mercado Comum Europeu levou os políticos franceses a
buscarem essa hegemonia através do domínio da essência da produção, transporte
e manipulação das informações encontradas na informática.” (1° Parágrafo;
Informática na educação na França).
“A implantação da informática na educação foi planejada em termos de
público alvo, materiais, software, meios de distribuição, instalação e
manutenção do equipamento nas escolas. Neste planejamento os dirigentes
franceses julgaram ser fundamental a preparação, antes de tudo, de sua
inteligência-docente.” (4° Parágrafo; Informática na educação na França).
“Atualmente, o uso do espaço informático em educação
articula-se em torno de duas tendências: a interligação dos equipamentos em
redes de dados (locais e à distância) e o emprego de equipamentos portáteis.
Tal prática tem como objetivo reduzir a necessidade de espaço para os
equipamentos, levantando a suposição do fim da "sala de informática"
e a reflexão sobre a derrubada das paredes da escola surgindo novos cenários
pedagógicos.” (10°
Parágrafo; Informática na educação da França).
“A formação em informática propriamente pedagógica
iniciou-se a partir do Plano Informática para Todos (1985). Foram desenvolvidos
programas de formação de professores, inicialmente com 50 h de duração,
remuneradas, uma vez que se realizavam em períodos de férias escolares.
Posteriormente os professores participavam de outras atividades de formação,
inclusive estágios de observação e atuação, perfazendo um período de
aproximadamente 3 meses. Em 1985 foram preparados 100.000 professores.” (16° Parágrafo; Informática na educação da
França).
“No Brasil, como em outros países, o uso do computador na educação teve
início com algumas experiências em universidades, no princípio da década de 70
(ver artigo da Maria Cândida de Moraes).” (1º Parágrafo; As bases para a
informática na educação no Brasil).
“Entretanto, a implantação do programa de informática na educação no
Brasil inicia-se com o primeiro e segundo Seminário Nacional de Informática em
Educação, realizados respectivamente na Universidade de Brasília em 1981 e na
Universidade Federal da Bahia em 1982. Esses seminários estabeleceram um
programa de atuação que originou o EDUCOM e uma sistemática de trabalho
diferente de quaisquer outros programas educacionais iniciados pelo MEC.”
(2° Parágrafo; As bases para a informática na educação no Brasil).
”A primeira grande diferença do programa brasileiro em relação aos
outros países, como França e Estados Unidos, é a questão da descentralização
das políticas. No Brasil as políticas de implantação e desenvolvimento não são
produto somente de decisões governamentais, como na França, nem consequência
direta do mercado como nos Estados Unidos.” (2° Parágrafo; As bases para a
informática na educação no Brasil).
“A formação de professores do 1º e 2º graus para usarem a
informática na educação recebeu uma atenção especial de todos os centros de
pesquisa do EDUCOM.” (1º
Parágrafo; Formação de professores em informática na educação).
“O
microcomputador adotado na maioria das universidades brasileiras e pelos
projetos EDUCOMs foi o I 7000 produzido pela Itautec. Ele possibilitava o uso
dos caracteres da língua portuguesa e diversos softwares foram desenvolvidos
pela Itautec para explorar essas facilidades como o processador de texto
Redator e o Logo Itautec desenvolvido em colaboração com a UNICAMP. No entanto,
pouco software educativo foi desenvolvido para o I 7000 e esse microcomputador
acabou servindo para a produção de texto e uso do Logo. Seu período de vida foi
curto e logo substituído pelos microcomputadores PC padrão IBM.” (3º parágrafo; Evolução do computador no
Brasil e as implicações na formação de professores).
“As práticas
pedagógicas inovadoras acontecem quando as instituições se propõem a repensar e
a transformar a sua estrutura cristalizada em uma estrutura flexível, dinâmica
e articuladora. No entanto, como isto pode ser possível em projetos de grandes
dimensões que atingem todo um país ou, por outro lado, em escolas isoladas? A
possibilidade de sucesso está em se considerar os professores não apenas como
os executores do projeto, responsáveis pela utilização dos computadores e
consumidores dos materiais e programas escolhidos pelos idealizadores do
projeto, mas principalmente como parceiros na concepção de todo o trabalho.
Além disso, os professores devem ser formados adequadamente para poderem
desenvolver e avaliar os resultados desses projetos.” (2° Parágrafo; Conclusões).
Comentários
O texto pôde mostrar
como foi a história da informática na educação, e como vem sendo ao decorrer
dos anos. O descaso que o governo tem com a educação, ou seja, não oferece
qualificação adequada para os professores e também a baixa infraestrutura para
os alunos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário